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4847 itens encontrados para ""

  • A preocupação com o futuro do emprego humano em uma sociedade pós-revolução digital

    Por Luís Rogério Dupont* Há décadas todos nós somos bombardeados por notícias de visões do futuro, especialmente sobre novas tecnologias e seus impactos. Eu sou apaixonado por elas e, no entanto, confesso que, apesar de todos os avanços científicos, ainda estou frustrado com o real impacto em nosso dia a dia. Estamos em 2020 e eu já esperava muito antes disto poder conversar normalmente com “robôs”. Claro que já temos Inteligência Artificial e assistentes virtuais, mas convenhamos: estão longe de serem ‘inteligentes’. Tenho em casa um destes e minha relação com ele se limita a tocar música e determinar temporizadores. Em cinco anos, 35% das competências que são consideradas importantes na força de trabalho atualmente terá mudado, de acordo com a Reunião Anual em Davos do Fórum Econômico Mundial. De acordo com um estudo da Accenture, países que adotam tecnologias de ponta, podem incrementar 0,9% em seus PIB até o ano de 2035. Isso irá gerar uma onda de empregos e uma nova ordem econômica. A despeito de que a automação desemprega, o mundo pós-industrial, nunca contratou tanto. Todavia, o perfil do empregado é que mudará. Isto não será o caos ou o fim do emprego, você só precisa começar a se preparar para a sociedade pós-revolução digital. O desafio é como? Segundo números levantados pelo CareerBuilder no início de 2018, um dos maiores sites de busca de emprego dos EUA, 45% dos gerentes de RH consultados disseram que não conseguiram preencher vagas abertas por falta de profissionais habilitados para elas. Temos aí um problema para ser solucionado. É preciso confiar em usar o que temos de melhor: a sagacidade, percepção sensorial multidimensional, sensibilidade emocional, capacidade criativa e adaptativa etc. Avançamos para uma economia de alta produtividade e isto pode significar melhores ofícios, cargas horárias menores e uma melhor qualidade de vida. Nascemos com habilidades que nem máquinas, nem algoritmos conseguirão nos substituir tão cedo – se é que algum dia irão. Artigo de opinião de Luís Rogério Dupont, sócio e diretor de produto e suporte da CIGAM

  • Agentes comunitários de Saúde produzem máscaras em Vilhena

    Fonte: Prefeitura de Vilhena Uma iniciativa voluntária de agentes comunitários de saúde do postinho do Cristo Rei tem chamado a atenção de moradores e servidores da região. Pensando em ajudar na prevenção geral da população e dos servidores, os agentes iniciaram a produção de centenas de máscaras de tecido, que estão sendo doadas já há vários dias. De acordo com a controladora da unidade, Leila Andrade, a ação continuará enquanto for necessária. “As máscaras produzidas foram doadas para servidores da Atenção Básica, do postinho e também estão sendo entregues para moradores da região atendida pelo postinho. A ideia foi toda dos agentes, organizada especialmente pela agente Ione Paula, uma pessoa sensível às necessidades de todos”, explica Leila. Feitas a partir de materiais angariados pelos próprios servidores, as máscaras já somam mais de 600 e seguem as recomendações do Ministério da Saúde. A produção acontece na igreja Santo Antônio e mobiliza a equipe do postinho, animada em poder colaborar para o público que atende na unidade. De acordo com o Ministério, desde o início da pandemia provocada pelo coronavírus, uma corrida mundial em busca de máscaras de proteção fez com que elas sumissem das prateleiras. Assim, o Governo Federal incentivou a produção artesanal/caseira de máscaras de pano. Mas o Ministério adverte que, para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, como ter, pelo menos, duas camadas de pano, ou seja, dupla face; ser individual, ou seja, não pode ser dividida com ninguém; os materiais para confecção podem ser tecidos de algodão, tricoline, TNT ou outros, desde que cubram totalmente o nariz e a boca, sejam higienizados corretamente e que as máscaras estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais. As máscaras também devem ser lavadas pelo próprio indivíduo, com sabão ou água sanitária, permanecendo de molho por cerca de 20 minutos, para manutenção do autocuidado, e ser trocada quando ficar úmida.

  • PF investiga fraude na pensão por morte de servidor de Rondônia

    Fonte: Polícia Federal A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (7) a Operação Desonra, que apura fraude na concessão de pensão por morte de servidor público do ex-Território Federal de Rondônia, em Porto Velho. Equipes formadas por 28 policiais federais deram cumprimento a sete mandados judiciais de busca e apreensão, seis deles nas residências dos investigados (cinco em Porto Velho/RO, um em Buritis/RO e um em Campo Grande/MS), e outro num escritório de advocacia, todos expedidos pela Justiça Federal em Porto Velho/RO. A decisão judicial determinou também o bloqueio de valores dos investigados existentes em instituições bancárias e a apreensão de veículos para ressarcimento do prejuízo causado ao erário. Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que quatro irmãos (filhos do servidor público falecido) agiram em conluio com outros investigados para falsificar documentos sobre a união estável que nunca existiu entre o servidor falecido e a mulher que recebe a pensão por morte. No período investigado, de 2017 ao início de 2019, constatou-se que o valor da pensão por morte pago indevidamente aos investigados já superou o valor de R$ 320 mil. Há indicativos da participação dolosa de advogados na fraude documental, falsidade ideológica e a prestação de informações falsas perante o Judiciário, notadamente no processo judicial de reconhecimento de união estável e processo administrativo para concessão do benefício. Os investigados serão interrogados na Polícia Federal e responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. O nome da Operação Desonra faz referência à conduta dos quatro irmãos que, em desonra à memória do falecido pai, usaram o nome dele para cometerem crime contra o patrimônio público da União.

  • Microempreendedora individual de Vilhena inova na crise do Coronavírus

    Por Assessoria Desde que chegou de Colorado do Oeste, em julho do ano passado, a microempreendedora individual (MEI) Cláudia Vieira, profissional de confecções, se estabeleceu em Vilhena onde conseguiu novos clientes e ainda manteve os antigos que confiam na qualidade do seu trabalho. Como não tinha conhecimento na cidade, distribuiu seus cartões e com a divulgação de seu trabalho conquistou espaço ao vender uniformes e peças de confecção elaboradas sob medida. A qualidade de seus produtos fez as vendas crescerem e garantiram o bom desempenho em seu negócio, até que a crise da pandemia do Coronavírus restringiu bruscamente a circulação de pessoas na cidade, consequentemente seus clientes diminuíram. Então uma de suas clientes de roupas, que é fonoaudióloga, pediu que fizesse máscaras para que pudesse atender seus pacientes com segurança, mas teriam que permitir a visualização da boca para facilitar a leitura labial. Como não tinha trabalhado com máscaras, Cláudia ficou em dúvida, mas devido a insistência da cliente, resolveu criar uma máscara com abertura de plástico transparente que cobrisse a região da boca a fim de que as pessoas com deficiência auditiva pudessem ver a movimentação dos lábios. A cliente testou a inovação e ficou satisfeita. A partiu daí a empresária entendeu que se tratava de um novo nicho de mercado e atendeu outras demandas de máscaras, inclusive da unidade regional do Sebrae em Vilhena. Recentemente recebeu encomenda de máscara com tiara, fez e deu certo, a vontade de fazer coisas novas tem permitido atender seus clientes com soluções criativas. Preocupada com o marido que é motorista de aplicativo, Cláudia providenciou uma máscara para que usasse durante o trabalho, uma vez que ele transporta passageiros da rodoviária, do aeroporto e leva pessoas que podem até ser potenciais transmissoras da Covid-19. Os demais motoristas perguntaram quem fornecia e ele comentou sobre o trabalho da esposa com máscaras descartáveis e recebeu encomendas. Foi um sucesso, porque na época as máscaras eram caras em Vilhena, a procura aumentou e ela, que trabalhava sozinha, estabeleceu parceria com uma costureira para lhe auxiliar no atendimento dos pedidos. Por sua vez, a MEI que tem 19 anos como profissional de costura, também toma suas precauções para evitar contágio, atende seus pedidos pelo telefone e WhatsApp 98442-8135, tendo seu marido como delivery responsável pelas entregas. Atualmente Cláudia, que tem utilizado o Sebrae para orientações, está preocupada e busca alternativas para permanecer no mercado, vez que empresas maiores têm maior conhecimento no comércio e estão na concorrência. Claro, que com maior estrutura e mais empregados, essa concorrência é uma ameaça aos empreendedores individuais, mas Cláudia não desanima, até porque seus preços são melhores e está sempre em contato online com o Sebrae para receber apoio na gestão de seu negócio.

  • Covid-19: Acre aponta para lockdown enquanto RO faz estudos

    Por Emerson Babosa/NewsRondônia No Acre, os casos confirmados e mortes pelo novo Coronavírus (Sars-Cov-2) seguem aumentando. Por lá, o governador Gladson Cameli (PP/AC) já estuda adotar o lockdown (confinamento). Gladson disse ao jornal “Folha do Acre”, que adotará o sistema de ‘Lockdown’ assim que o Estado ultrapassar mil casos da Covid-19. Nesta quarta-feira (06), o Acre já atingia a marca 943 registros confirmados da Covid-19, com 35 vítimas fatais pela doença. Por lá somente o comércio essencial pode abrir. A estratégia de Lockdown visa inibir a transmissão entre humanos, desacelerar o espalhamento da doença, e consequentemente reduzir e postergar o pico de ocorrência na curva epidêmica. Lockdown objetiva diminuir a morbidade e a mortalidade causada pelo coronavírus. Já aqui em Rondônia, os casos do novo Coronavírus também seguem em ritmo ascendente. Já são 943 registros confirmados da Covid-19, com 33 mortos pela doença que começa invadir os municípios do interior. Na terça-feira (05) o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) se reuniu com o governador Marcos Rocha (sem partido) afim de entender quais medidas o chefe do executivo estadual pretende implantar para reduzir os casos da doença em Porto Velho. A capital com (710) registros concentra o maior número da doença e de óbitos, 24 até o momento. Está semana o Ministério Público Federal (MPF/RO) e Ministério Público do Trabalho (MPT/RO/AC) conseguiram na justiça barrar dos efeitos do Decreto de calamidade pública assinado por Rocha (governador). No documento assinado pelo juiz federal Shamil Cipriano, o governo fica proibido de dar autonomia para que os prefeitos autorizem a reabertura de comércios não essenciais. Na limitar os executivos municipais não podem reabrir escolas, sem antes montar um plano de segurança que garanta a integridade física dos alunos e servidores. Segundo o MPF, o governo do Estado já havia sido notificado para que apresentasse estudos que viabilizassem a abertura do comercio em Rondônia, sem que houvesse prejuízos com o aumento dos casos do novo coronavírus. Por sua vez, representantes do governo do Estado responderam que os "procuradores da República não poderiam enviar ofício ao governador – acusando-os de “atrapalhar” os esforços do governador e de falta de “patriotismo”. Ainda segundo a alegação do Estado, "o governo estadual está pautando as medidas por boletins epidemiológicos e notas técnicas expedidas pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa)". Mas segundo o MPF a própria Agevisa, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no boletim do dia 28 de abril já alertava para a fase crítica da pandemia em Rondônia, que iniciara a partir do dia (26/04 a 02/05). Ainda de acordo com informações do MPF e MPT, até 29 de abril, o governo de Rondônia não tinha o mapeamento real ou estimado do número de casos de covid-19, dado ao universo de 1,7 milhão de habitantes. Na ocasião o Estado havia realizado pouco mais de 1,9 mil testes em hipóteses bastante restritas. Trechos da reportagem é baseada e escrita com informações da assessoria do MPF/RO, direitos que cabem a instituição. Durante coletiva na tarde de quarta-feira (06), o secretário da Sesau foi questionado quanto ao Estado adotar o sistema de Lockdown dado ao número de casos. Porém o chefe da pasta disse que é uma possibilidade, mas não informou em que momento isso será adotado.

  • Brasil será o maior produtor de carne bovina em cinco anos

    O sólido avanço da pecuária de corte no país nas últimas décadas leva Nabih Amin El Aouar, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), a prever que o Brasil será o maior produtor mundial em cinco anos. “Já somos os maiores exportadores de carne bovina desde 2004, temos o maior rebanho comercial e, se o cenário se mantiver, até 2025 seremos também os maiores produtores de carne do mundo”, assinala o dirigente. O Brasil assumiu a liderança das exportações de carne bovina em 2004, atingindo 1,17 milhão de toneladas, contra 1,16 milhão/t dos Estados Unidos. “Em 2019, exportamos 1,9 milhão de toneladas, com faturamento de US$ 7,7 bilhões. Os EUA venderam 1,43 milhão/t e a Austrália cerca de 1,3 milhão/t. A liderança é consolidada”, informa o presidente da ACNB. “Quanto à produção entre 2004 e 2019, o Brasil saltou de 8 milhões/t para 10 milhões/t e os EUA cresceram de 11 milhões/t para pouco mais de 12 milhões de toneladas”. Nabih Amin El Aouar destaca que o maior gargalo da pecuária de corte brasileira, hoje, é a falta de padronização das carcaças. “Infelizmente, falta conhecimento a muitos produtores. Por isso, muitas vezes não sabem qual o nível de excelência exigido pelo mercado. Superado esse desafio, tenho confiança que não haverá limites para a carne bovina brasileira”, diz o presidente da ACNB. Para o dirigente, essa perspectiva de crescimento será “de forma vertical, sustentável e reforçando para o mundo que o pecuarista brasileiro produz alimentos com responsabilidade social e ambiental”. Presidente da entidade que reúne criadores de Nelore, que representa cerca de 80% do rebanho brasileiro, Nabih Amin El Aouar, informa que os trabalhos da ACNB estão voltados para o melhoramento genético da raça e serviços para os pecuaristas serem mais eficientes. “Graças ao investimento em genética feito pelos pecuaristas nas últimas décadas, o Nelore sofreu uma grande transformação, superando todas as metas. É considerada a raça mãe da pecuária no Brasil. E melhora a cada ano, oferecendo ao mercado animais cada vez mais jovens, com carcaças mais pesadas e com um melhor acabamento de gordura. A ACNB realiza o Programa de Qualidade Nelore Natural, iniciativa que premia os produtores que cumprem determinados requisitos de qualidade. A entidade também faz, em parceria com a Friboi e a Frisa, o Circuito Nelore de Qualidade, para avaliação de carcaças bovinas em todo o país. Sobre o desempenho da pecuária e de todo o país pós-pandemia, Nabih Amin El Aouar é otimista. “Após um 2019 com resultados fantásticos para a pecuária de corte, a expectativa ficou ainda maior para este ano. Por enquanto, o setor tem reagido bem à crise, com bons números de exportação. A incógnita é o consumo interno. Mesmo que tenhamos um cenário negativo a curto prazo, estou otimista que em, no médio prazo, voltaremos ao ritmo normal de desempenho, já que o brasileiro é apaixonado por carne”. Da redação e assessoria

  • 40% dos brasileiros já tem perda total ou parcial da renda

    Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a perda do poder de compra já atingiu quatro em cada dez brasileiros desde o início da pandemia. Do total de entrevistados, 23% perderam totalmente a renda e 17% tiveram redução no ganho mensal, atingindo o percentual de 40%. Quase metade dos trabalhadores (48%) tem medo grande de perder o emprego. Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77% de pessoas que estão no mercado de trabalho e têm medo de perder o emprego. De modo geral, nove em cada dez entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira. A pesquisa mostra também que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzir, durante o período de isolamento social, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Ou seja, de cada quatro brasileiros, três reduziram seus gastos. Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior ao período da pandemia. Questionada sobre como pretende se comportar no futuro, a maioria dos brasileiros planeja manter no período pós-pandemia o nível de consumo adotado durante o isolamento, sendo que os percentuais variam de 50% a 72% dos entrevistados, dependendo do produto. Essa tendência, segundo a CNI, pode indicar que as pessoas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras que tinham antes. Apenas 1% dos entrevistados respondeu que vai aumentar o consumo de todos os 15 itens testados pela pesquisa após o fim do isolamento social. Para 46%, a pretensão é aumentar o consumo de até cinco produtos; 8% vão aumentar o consumo de seis a dez produtos; e 2% de 11 a 14 produtos. Para 44% dos entrevistados, não haverá aumento no consumo de nenhum dos itens. Isolamento social Os dados revelam que a população brasileira continua favorável ao isolamento social (86%), apesar das possíveis perdas econômicas, e quase todo mundo (93%) mudou sua rotina durante o período de isolamento, em diferentes graus. No cenário pós-pandemia, três em cada dez brasileiros falam em voltar a uma rotina igual à que tinham antes. Em relação ao retorno para o trabalho depois de terminado o isolamento social, 43% dos trabalhadores formais e informais afirmaram que se sentem seguros, enquanto 39% se dizem mais ou menos seguros e 18%, inseguros. “As atenções dos governos, das empresas e da sociedade devem estar voltadas, prioritariamente, para preservar vidas. Entretanto, é crucial que nos preocupemos também com a sobrevivência das empresas e com a manutenção dos empregos. É preciso estabelecer uma estratégia consistente para que, no momento oportuno, seja possível promover uma retomada segura e gradativa das atividades empresariais”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A maior parte dos entrevistados (96%) considera importante que as empresas adotem medidas de segurança, como a distribuição de máscaras e a adoção de uma distância mínima entre os colaboradores. Para 82% dos trabalhadores, essas medidas serão eficientes para proteger os empregados. Dívidas Um dado apontado pela pesquisa e considerado preocupante pela CNI é o endividamento, que atinge mais da metade da população (53%). O percentual é a soma dos 38% que já estavam endividados antes da pandemia e os 15% que contraíram dívidas nos últimos 40 dias, período que coincide com o começo do isolamento social. Entre aqueles que têm dívida, 40% afirmam que já estão com algum pagamento em atraso em alguma dessas dívidas. A maioria dos endividados em atraso (57%) passou a atrasar suas parcelas nos últimos 40 dias, ou seja, período que coincide com o isolamento social. O levantamento, realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, contou com 2.005 entrevistados, a partir de 16 anos, de todas as unidades da Federação, entre os dias 2 e 4 de maio e tem margem de erro de dois pontos percentuais. Por Camila Boehm

  • Rondônia registra quase mil casos de Covid-19 e 33 mortes

    O Governo de Rondônia informou nesta quarta-feira (6), a confirmação de 83 novos casos de Covid-19 em Rondônia, elevando para 943 o número de casos confirmados no estado. Também foram confirmados três óbitos em Porto Velho, sendo duas mulheres, de 72 e 93 anos, e um homem de 59 anos. O estado registra agora 33 mortes por Covid-19. Dos novos casos registrados nesta quarta-feira, 68 são em Porto Velho, sete em Ariquemes, dois em Nova Brasilândia do Oeste, um em Ji-Paraná, um em Rolim de Moura, um em Espigão do Oeste, um em Alvorada do Oeste, um em Machadinho do Oeste e um em Monte Negro. Durante entrevista coletiva, o Secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo, disse que não descarta a possibilidade de implementar o chamado "lockdown" com a proibição da circulação de pessoas e carros. Segundo ele, a população não está respeitando as regras de distanciamento e social, o que poderá motivar a medida extrema. Por José Antonio SantAna

  • Copom reduz Selic para 3% ao ano para conter impacto de pandemia

    Em meio à crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central (BC) diminuiu os juros básicos da economia pela sétima vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 3% ao ano, com corte de 0,75 ponto percentual. A decisão surpreendeu os analistas financeiros. Segundo a pesquisa Focus do BC, a maior parte dos agentes econômicos esperava a redução dos juros básicos para 3,25% ao ano nesta reunião e um corte adicional, para 2,75%, em junho. Em comunicado, o BC informou que o comitê considera promover um novo corte, de até 0,75 ponto percentual, na próxima reunião, em junho. A partir daí, os juros básicos não seriam mais alterados, mas a autoridade monetária admitiu que os riscos estão elevados e que espera mais informações para definir os próximos passos. Segundo a nota, dois diretores do BC sugeriram cortes mais agressivos, mas a incerteza em relação aos impactos da pandemia de covid-19 sobre a economia fez a maioria dos membros do Copom optar por uma redução dos juros em etapas, até que o quadro econômico se estabilize. Com a decisão de hoje (6), a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018, só voltando a ser reduzida em julho de 2019. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos 12 meses terminados em março, o indicador fechou em 3,3%, o menor resultado acumulado em 12 meses desde outubro do ano passado. A inflação, que tinha subido no fim do ano passado por causa da alta da carne e do dólar, agora deve cair mais que o previsto por causa das interrupções da produção e do consumo provocadas pela covid-19. Para 2020, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,5% neste ano nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia o ano em 2,6%. A projeção, no entanto, ficou defasada diante da pandemia de covid-19. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 1,97%, mas as estimativas deverão continuar a cair nos próximos levantamentos. Crédito mais barato A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o BC projetava crescimento zero para a economia neste ano. No entanto, a previsão tinha sido feita antes do agravamento da crise provocada pelo coronavírus. O mercado já projeta crescimento mais baixo. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem contração de 3,76% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2020. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Por Wellton Máximo

  • TRF4 mantém condenação de Lula no caso do sítio em Atibaia

    A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu hoje (6), por unanimidade, manter a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 17 anos de prisão no caso do sítio em Atibaia (SP). Por meio de julgamento virtual, os desembargadores negaram recurso protocolado pela defesa. O ex-presidente ainda pode recorrer em liberdade. Em novembro do ano passado, o colegiado aumentou a pena de Lula de 12 anos e 11 meses para 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Foi a segunda condenação do ex-presidente na Operação Lava Jato. A primeira se deu no caso do tríplex no Guarujá (SP). De acordo com a sentença da primeira instância, Lula recebeu vantagens indevidas das empreiteiras Odebrecht e OAS por meio da reforma do sítio em Atibaia que costumava frequentar com a família. A obra teria custado mais de R$ 1 milhão, e o dinheiro teria sido descontado de propinas devidas pelas empresas em troca de favorecimento ilícito em contratos com Petrobras, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que foi acolhida pela juíza Gabriela Hardt. Defesa Em nota, a defesa do ex-presidente considerou a condenação injusta e arbitrária. Os advogados também contestaram o fato de os recursos serem julgados por meio virtual. “Com a rejeição do recurso, diversas omissões, contradições e obscuridades apontadas em recurso de 318 laudas e que dizem respeito a aspectos essenciais do processo e do mérito do caso deixaram de ser sanadas — inclusive o fato de Lula ter sido condenado nessa ação com base na afirmação de que 'seria o principal articulador e avalista de um esquema de corrupção que assolou a Petrobras', em manifesta contradição com sentença definitiva que foi proferida pela 12ª Vara Federal de Brasília, que absolveu o ex-presidente dessa condenação˜, declarou a defesa. Por Denise Griesinger

  • Covid-19: governo anuncia plano de testes em massa

    O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (6), em entrevista coletiva em Brasília, o plano de testagem da população como parte das estratégias de prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus. A iniciativa foi construída em parceria com secretários estaduais e municipais de Saúde e tem como meta realizar exames em 22% da população brasileira. O governo já havia anunciado a meta de adquirir 46 milhões de testes. O número não foi alterado. Em maio, a estimativa do ministério é chegar a 1,5 milhão de testes encaminhados aos estados e municípios. O cronograma prevê mais 4 milhões em junho, outros 4 milhões em julho, 3,2 milhões em agosto,  3,1 milhões em setembro, 3,1 milhões em outubro, 3,1 milhões em novembro e 3 milhões em dezembro. “Temos capacidade instalada de 2,7 mil testes por dia. Com essa estratégia, vamos chegar a quase 70 mil testes por dia”, declarou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, durante a coletiva. O programa é divido em duas ações. A primeira, batizada de Confirma Covid, abarca o teste laboratorial chamado RT-PCR. No total, o intuito é comprar 24 milhões desta modalidade de teste, adequada para pessoas que apresentam sintomas até o oitavo dia desde a infecção. “Do total, 68% dos casos com tosse e cansaço. São sintomas leves que parecem comuns a gripes. A partir deste momento, a pessoa vai realizar o teste RTPCR, que coleta no nariz e manda paro laboratório. Esse teste identifica o vírus. A partir do oitavo dia, o teste pode dar negativo, porque número de vírus vai caindo muito”, explicou Oliveira. Para os pacientes com a covid-19, fica mantido o protocolo já divulgado pelo Ministério da Saúde. Com sintomas de síndrome gripal, a pessoa deve permanecer em casa por 14 dias. Caso o quadro evolua para outros sintomas, como dificuldade de respirar, pressão no peito, cor azulada no lábio ou rosto ou saturação de oxigênio abaixo de 95%, é preciso buscar a internação. Se o indivíduo não chegar a essa situação, mas os sintomas persistirem, a partir do oitavo dia, deverá ser realizado o teste sorológico, utilizando o dedo. O governo pretende adquirir 22 milhões de kits desse procedimento. Ele identifica os anticorpos produzidos para combater o vírus, não a carga viral. Esse tipo de exame contribui para o monitoramento da disseminação da pandemia no país, incluindo a velocidade de expansão, além de mapear as infecções sem sintomas. Em capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes, serão instalados postos de testagem rápida (que alguns estados vêm apelidando de drive thru, em referência a lanchonetes que disponibilizam o serviço de entrega de um produto sem que a pessoa saia do carro). De acordo com o Ministério da Saúde, além das testagens, a análise continuará sendo feito a partir do contato com pacientes por meio eletrônico, como pelo telefone ou por aplicativos. A pasta vem desenvolvendo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) um levantamento nos moldes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) para avaliar domicílios ao longo dos próximos três meses. Por Nádia Franco

  • Brasil bateu o recorde de mortes e casos notificados em 24h

    O Brasil bateu o recorde de mortes e casos confirmados notificados em 24h. Entre ontem e hoje, foram registrados mais 10.503 pessoas infectadas e 615 novos óbitos por covid-19. O número de pacientes recuperados é de 51.370. A atualização foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (6). No total, o país chegou a 125.218 casos confirmados de covid-19, um aumento de 9% em relação a ontem, quando foram registradas 114.715 mil pessoas nessa condição. De acordo com o Ministério da Saúde, deste total, 65.312 estão em acompanhamento (52,2%%) e 51.370 (41%) já foram recuperados, deixando de apresentar os sintomas da doença. Ainda são investigadas 1.643 mortes. O total de mortes subiu para 8.536. A marca representou um acréscimo de 9% em relação a ontem, quando foram contabilizados 7.921 falecimentos. A letalidade é de 6,8%. O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, voltou a destacar que o número de mortes abarca aquelas atualizadas, podendo se referir a falecimentos que ocorreram em outros dias. “Não estamos falando que os 615 ocorreram de ontem pra hoje. O que tivemos é uma atualização das 615 pessoas em investigação”, disse o secretário. São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.045). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.205), Ceará (848), Pernambuco (803) e Amazonas (751). Além disso, foram registradas mortes por covid-19 no Pará (392), Maranhão (291), Bahia (160), Paraná (101), Espírito Santo (145), Minas Gerais (97), Paraíba (92), Rio Grande do Sul (97), Alagoas (89), Rio Grande do Norte (72), Santa Catarina (59), Amapá (56), Goiás (45), Distrito Federal (34), Acre (33), Piauí (30), Sergipe (23), Rondônia (33), Mato Grosso (13), Roraima (13), Mato Grosso do Sul (10), e Tocantins (9). “A gente vê que para o Brasil não tem uma linha de queda. Vamos ter que continuar trabalhando e aumentando os cuidados. Mas a abordagem de cada região vai depender dos números locais. A estratégia de cada local vai depender da evolução”, declarou o ministro da Saúde, Nelson Teich. Lockdown Nelson Teich informou que o ministério já formulou novas diretrizes para a definição das formas de distanciamento social. Mas que está buscando um diálogo com secretários estaduais e municipais para que este seja anunciado como uma iniciativa conjunta. Ele voltou a colocar a preocupação de que o tema possa gerar críticas ao governo. “É importante entender que não existe defesa do isolamento ou do não isolamento. Vai ter desde medidas simples, como lavagem das mãos, um distanciamento pequeno, até o lockdown (bloqueio total). E o que é importante é que cada local vai ter sua necessidade. Hoje temos estados e cidades mapeando isso”, opinou. Leitos de UTI O ministro informou que foram habilitados 592 novos leitos de unidades de tratamento intensivo (UTIs), sendo 10 para a cidade de Manaus, que vem sofrendo com o crescimento de casos e falta de estrutura para lidar com o grande número de pacientes com covid-19. Teich comentou o pedido de secretários estaduais em reuniões nesta semana para que o ministério arque com os custos dos leitos em hospitais de campanha. “A gente está trabalhando pra fazer o pagamento. Mas estamos avaliando isso”, pontuou. Hospitais privados Questionado sobre modelos de uso de estruturas de unidades de saúde privadas, como leitos, o ministro disse que era preciso ter cuidado para debater com o setor de saúde suplementar. Em momento posterior na entrevista coletiva, voltou ao tema para explicar sua posição. “Não é admissível que pessoas morram quando podem ser salvas. O que acredito é um programa de cooperação entre sistema público e privado, se necessário for, que haja integração entre os dois. Preocupação é que isso não soe como intervenção”, assinalou. Pesquisa O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, anunciou medidas da pasta relativas a pesquisas sobre o coronavírus. Um edital no valor de R$ 50 milhões do órgão em parceria com o Ministério da Saúe vai custear investigações sobre diversos temas relacionados à pandemia, como tratamentos, vacinas, carga da doença e atenção à saúde. Outra chamada do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) de R$ 5 milhões tem como foco inovações para a fabricação de equipamentos de proteção individual e coletiva. Neste tema, um projeto desenvolvido pela Universidade de Brasília (UnB) está desenvolvendo formas de limpeza de máscaras profissionais de proteção, o que pode permitir o reaproveitamento do material. Por Liliane Farias

  • Covid-19: MPF esclarece o que podem funcionar em Rondônia

    Após a publicação da decisão liminar da Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que determinou suspensão de atividades não essenciais à população de Rondônia e também o retorno às aulas na segunda-feira (4), houve a disseminação de fake news (notícias falsas) sobre um possível fechamento dos supermercados. O MPF explica que atividades como esta sempre estiveram na lista de serviços essenciais e que o funcionamento de qualquer atividade que possa colocar em risco a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população, não será proibida. Para que não haja dúvida em relação às atividades comerciais que seguem ativas em Rondônia, o MPF esclarece na tabela abaixo quais serviços estão autorizadas a funcionar, desde que sigam os protocolos sanitários durante a realização do trabalho. Qualquer atividade que não estiver na tabela, está expressamente proibida, até que as regras de quarentena estabelecidas no Decreto 24.979, de 26 de abril de 2020, sejam ajustadas pelo governo de Rondônia e autorizadas pela Justiça. As atividades autorizadas a funcionar em Rondônia, conforme artigo 7º do Decreto 24,979, do governo estadual são: Supermercados Pet shops Panificadoras Lojas de máquinas e implementos agrícolas Açougues Postos de combustíveis, borracharias e lava-jatos Atacadistas Indústrias Distribuidoras Obras e serviços de engenharia e lojas de materiais de construções Lojas de produtos naturais Oficinas mecânicas, autopeças e serviços de manutenção Lotéricas e caixas eletrônicos Hotéis e hospedarias Clínicas de atendimento na área da saúde, clínicas odontológicas, laboratórios de análises clínicas e farmácias Escritórios de contabilidade, advocacia e cartórios Consultórios veterinários Óticas e comércio de insumos na área da saúde, inclusive aquelas que vendam e/ou distribuam produtos e aparelhos auditivos Comércio de produtos agropecuários Restaurantes e lanchonetes, exceto self-service Lojas de equipamentos de informática Livrarias, papelarias e armarinhos Lavanderias Concessionárias e vistorias veiculares lojas de eletrodomésticos, móveis e utensílios Atividades religiosas de qualquer culto, que deverão ser realizadas, preferencialmente, por meio de aconselhamento individual, com o uso de máscaras, sem contato físico, respeitando o distanciamento de no mínimo dois metros, com as janelas dos templos abertas e adotando os protocolos sanitários Velórios, que deverão ser limitados a presença de cinco pessoas no ambiente, podendo revezar entre outras pessoas, com duração máxima de duas horas Agências bancárias instaladas no estado, que deverão fiscalizar e organizar o atendimento ao cliente, respeitando as regras do art. 9°, especialmente o espaçamento mínimo dois metros.

  • MPF recomenda prefeitura de Vilhena a alterar decreto do Covid-19

    A Prefeitura de Vilhena recebeu uma recomendação para que não permita o retorno das atividades escolares presenciais e o funcionamento de atividades e serviços não essenciais, sem a prévia publicação de razões técnico-científicas que justifiquem as medidas, incluindo previsão de seus impactos sobre o sistema de saúde municipal e seus profissionais. O prefeito também foi recomendado a não editar atos normativos municipais sobre a prevenção e enfrentamento do novo coronavírus (covid-19) contrários à legislação federal e estadual, enquanto não apresentadas as razões técnico-científicas que justifiquem as medidas, incluindo previsão de seus impactos sobre o sistema de saúde municipal e seus profissionais. O prazo para que o prefeito responda se vai acatar a recomendação ou não é de 48 horas. A recomendação foi assinada por representantes de seis instituições: Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público do Estado (MP/RO), Defensoria Pública do Estado (DPE) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Vilhena. As instituições apontam que os municípios podem legislar para suplementar a legislação estadual e federal, mas as normas municipais devem respeitar as normas federais e estaduais existentes. Em 3 de maio de 2020, a Justiça Federal emitiu uma liminar em que proíbe o retorno às atividades escolares presenciais e o funcionamento de atividades e serviços não essenciais em Rondônia. Assim, a autorização para funcionamento de atividades não essenciais pelo município de Vilhena está em desacordo com a normativa estadual. Na recomendação, as instituições ressaltam que a efetivação do direito à saúde se orienta pela aplicação do princípio da precaução e que a adoção tardia das medidas de isolamento social recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em vários países do mundo deu causa a crescimentos rápidos e vertiginosos das curvas de demanda de contaminação pela covid-19, ultrapassando as capacidades de atendimento dos sistemas de saúde e resultando em milhares de óbitos. As instituições também argumentam que a falta de atendimento às orientações da OMS e do Ministério de Saúde poderá levar a consequências irreparáveis à população, ocasionando colapso do sistema de saúde e, por consequência, gerando indesejáveis óbitos evitáveis.

  • OPINIÃO: 2020 - o ano em que percebemos o quanto a educação importa

    Ao longo da história a sociedade não valoriza a educação. Ao longo da crise a educação mostra o quanto faz falta. O foco quase que total no que tem acontecido em 2020, mundialmente, tem os holofotes direcionados à saúde e à economia. Claro, é inevitável que a saúde e a economia tenham tanta atenção, afinal de contas estamos batalhando para preservar vidas, para não ter colapsos nos sistemas de saúde, para conseguir resolver um dilema que brinca de pingue-pongue entre salvar vidas no que se refere à doença e também à economia. Seres humanos com condições mínimas de saúde podem ser afetados de forma mais esmagadora por uma pandemia de proporções devastadoras, que tem o poder de atacar várias áreas ao mesmo tempo. Por trás de todo esse cenário, que mais parece saído de um dos tantos filmes quase que apocalípticos, está a educação. E daí você pode dizer que a educação é o menos importante no momento e eu não deveria estar falando sobre ela. Realmente. NESTE momento ela está praticamente em pausa… enrustida… devido a outras necessidades, mas nem por isso devemos parar de refletir sobre ela. Você já refletiu sobre o poder que a educação pode dar às pessoas, no que diz respeito a respeitar, julgar, refletir? Estamos em meio a uma espécie de batalha de informações. De um lado nos dizem uma coisa, de outro lado, outra, completamente diferente. Em um dia nos dizem que um remédio promissor está sendo testado e no outro que esse mesmo remédio tem efeitos posteriores preocupantes. Fala-se de tratamentos com remédios para piolhos, para HIV, para malária… todos em teste e com resultados promissores ao tratamento do Covid-19. Em um outro dia somos bombardeados com informações de que se não tivermos uma estratégia de saída do isolamento teremos danos terríveis em relação à economia. Iremos ter uma taxa homérica de desempregos, empresas falindo e cenários horripilantes até mesmo de imaginar. A meu ver, algo que falta em excesso é o que deveria ter sido preventivo a uma crise, qualquer que seja: a boa educação, um sistema estruturado e que tenha como objetivo a formação real da população. Ouvimos muito dizer que a educação é importante, que precisamos estudar para sermos “alguém na vida”, que quem estuda tem melhores oportunidades. A intenção é até boa: proporcionar uma chance real das pessoas serem bem-sucedidas, mas na prática não é assim que acontece. A mesma histeria que tem acontecido no mundo inteiro acontece há dezenas de anos na educação. Histeria, porque são atos impensados na tentativa de conseguir melhorar “índices” de resultados. Não estou dizendo que sejam pouco importantes os índices, mas ainda mais importante são as pessoas que aprendem. A educação é preventiva. Seu maior intuito deveria ser ensinar a pensar e não a pobremente ler, escrever e calcular. Reproduzir frases, copiar textos e ficar “redescobrindo os cálculos” nos tira dos trilhos do que realmente importa. Se a educação é levada a sério e valorizada, temos então algo importante quando ocorrem crises, sejam elas de proporções mundiais ou pessoais, que é o poder de conseguir analisar o problema e encontrar soluções palpáveis. Por falta de estimularmos o conhecimento não temos uma população capaz de analisar notícias, muitos chegam a acreditar – e pior… disseminar… falsas notícias. Por falta de ensinarmos a pensar coletivamente temos uma grande parcela da população egocêntrica, que não se importa com os demais. Por falta de trabalharmos com planejamento não temos grupos concisos que possam pensar do macro para o micro, analisando situações gerais e separando em específicas. Por falta de investirmos na formação de nossos educadores e em nossa área educacional não temos hoje grupos de pessoas que possam trabalhar em várias frentes, trazendo soluções de modo estratégico. Nossas escolas estão paradas. A comunicação entre pais e escolas tem se mostrado mais afetada do que as atividades em si que as crianças deveriam estar fazendo. Não temos direcionamento estratégico, recebemos ‘tapa-buracos’ para tentar não perder um ano letivo que, sinceramente, não sei se irá realmente acontecer. A educação mais uma vez é a prejudicada. Muitos pais estão deixando de nos apoiar, as notícias falam sempre mais do mesmo – incentive a ler, faça brincadeiras, aproveite para ter um tempo com seu filho. Nossos filhos estão com o ano mais precário, do ponto de vista educacional, de suas vidas. Os pais que não querem se dar ao trabalho de ajudar os filhos, ou pior, não possuem ideia de como lidar com os próprios filhos – porque pagam a escola para isso, consideram a educação hipócrita neste momento – se tornam advogados contra a educação para justificar uma falta de habilidade que possuem. A educação falhou com esses pais, porque não compreendem sua importância. As escolas particulares correm contra o tempo e esgotam economias para poder dar conta de fornecer aos pais um bom trabalho, mesmo que remotamente. A educação tem falhado com elas, porque não formou professores capazes de lidar com situações de tecnologia, porque não dá alternativas ou orientações para elas que sejam plausíveis ao momento. Os pais preocupados com os filhos buscam desesperadamente dar conta de seus trabalhos (ou desempregos neste momento), enquanto criam tempo para poder ajudar na educação de alguma forma, tentando entender como os professores fazem. A educação lhes mostrou que é importante, mas neste momento precisam de uma maior orientação que simplesmente inexiste. No final, ninguém tem base para orientar nada e ninguém está com a razão. Não podemos encontrar razão em meio a uma crise como a que vivemos. Ninguém tem a resposta, porque está acontecendo agora e não temos uma visão “de fora” da crise. Viver a crise é diferente de falar sobre ela. Não podemos dar razão nem ao pai que se recusa a ensinar e nem ao que ensina. Não podemos dizer que as escolas estejam agindo de maneira correta ou que não estejam preparadas por culpa delas. A culpa, afinal de contas, é histórica e social. Ao longo da história a sociedade não valoriza a educação. Ao longo da crise a educação mostra o quanto faz falta. Uma melhor educação nos permitiria sermos mais exigentes com a qualidade de informações que recebemos e recusar as notícias que são, na verdade, falsas esperanças. Uma boa educação nos daria as ferramentas que precisamos para criar equipes estratégicas dentro da própria educação, promovendo soluções efetivas de forma mais hierárquica, porém democrática, analisando alguns panoramas educacionais. Uma boa educação nos daria, enfim, o discernimento de podermos lidar melhor com o presente e projetar já ações para um futuro, seja ele qual for. Uma boa educação é sempre preventiva. Autor: Janaína Spolidorio - Professora, especialista em Educação e empresária.

  • OPINIÃO: O “senhor político” versus o “perito”.

    A segunda quinzena de abril trouxe novidades no governo com as saídas do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta que, de acordo com o próprio, foi fruto da “exoneração” da ciência pelo presidente Bolsonaro; e a retirada de Sérgio Moro, que se demitiu devido à interferência do presidente na diretoria geral da Polícia Federal, órgão vinculado ao Ministério da Justiça. É fato que em um regime político democrático o governante não governa sozinho. Em um sistema de governo presidencialista, a tendência é que o governante trabalhe em prol de uma aliança feita em torno a um interesse maior: a estabilidade econômica, política e social do país. Comumente entre as estratégias para atingir tal fim, é a formação de um gabinete de ministros profissionais “peritos” e de reconhecida competência e que juntamente com o presidente e os demais poderes serão as cabeças pensantes da alta burocracia pública. No Brasil, a alta burocracia pública e a classe empresarial sempre ocuparam — muitas vezes por própria imposição — o protagonismo na consolidação da estabilidade econômica e política no país. Bresser Pereira, em Burocracia pública e classes dirigentes no Brasil, advertiu que durante o século XX esses dois grupos partilharam os postos de poder (executivo, legislativo, judiciário, ministérios). Muito embora com interesses corporativos divergentes, isso não impediu que se unissem em diferentes momentos históricos pelo desenvolvimento econômico do Brasil.A pergunta é o que pode fragilizar a união de ação da alta burocracia pública que está no governo. A resposta eu penso que tivemos nestes últimos dias. Estudos na ciência política apontam que a natureza da relação entre o executivo e o legislativo contribui para o desarranjo da unidade do governo. No presidencialismo, os poderes executivo e legislativo ascendem ao poder de bases eleitorais distintas entre si e com preocupações eleitorais paroquiais bem restritas. Isso favorece de modo fortuito o desentendimento entre eles e, por consequência, a não unidade de ação. Basta observar os frequentes entreveros entre a Câmara e o Planalto. O mais recente envolveu o pacote de auxílio financeiro aos estados aprovado pela Câmara à revelia dos pedidos de veto do Planalto, que alega não ter dinheiro. Outro fator contraproducente a unidade de ação do governo está ligado à estrutura do próprio executivo, que é constituído pelo presidente e seus ministros — que podem se tornam inimigos em potenciais. Max Weber bem sintetizou esta relação como o enfretamento entre o “senhor político” versus “o perito”. Tal relação pode ser conturbada a ponto de fragilizar a unidade de ação do governo devido por um lado: os ministros quando reconhecidos nacionalmente como especialistas e técnicos tendem reivindicar para si a discricionariedade nas tarefas que competem às respectivas pastas ministeriais para assim lograr êxito em suas atividades. Por outro lado, quando os ministros além de especialistas são também políticos ou aspiram ingressar no meio eleitoral, eles tendem a fazer de sua atividade ministerial um projeto para alavancar o seu capital eleitoral. Não é de se surpreender por que ambas as situações sejam potencialmente perigosas para o presidente, em especial quando ele tenciona ocupar o protagonismo na coordenação da agenda política. As recentes demissões dos ministros Mandetta e do Sérgio Moro ilustram bem como isso ocorre aqui por estas terras brasileiras. Vamos aguardar os próximos desdobramentos. Autor: Doacir Gonçalves de Quadros - professor do curso de Ciência Política e do mestrado acadêmico em Direito do Centro Universitário Internacional Uninter.

  • Mais ricos tem rendimento 33,7 vezes maior que os pobres

    Em 2019, o rendimento médio mensal do 1% mais rico da população, que recebia R$ 28.659, correspondia a 33,7 vezes o rendimento da metade da população mais pobre do Brasil, que ganhava R$ 850. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) - Rendimento de Todas as Fontes 2019, divulgada hoje (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 294,4 bilhões em 2019. A parcela dos 10% da população com os menores rendimentos detinha 0,8% dessa massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 42,9% em 2019. A desigualdade fica evidente também no índice de Gini de rendimento médio mensal de todos os trabalhos, que mede a concentração de uma distribuição e que varia de zero (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade máxima). O Índice de Gini é um instrumento matemático utilizado para medir a desigualdade social. O índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos foi de 0,509 em 2019. Entre 2012 e 2015, houve uma tendência de redução deste indicador, passando de 0,508 para 0,494. Segundo o IBGE, a partir de 2016, entretanto, o indicador voltou a aumentar para 0,501, valor no qual se manteve em 2017, chegando a 0,509 nos dois últimos anos da série. “O Brasil é historicamente conhecido como um país de grande desigualdade social e econômica. A desigualdade continua elevada e o movimento de redução é um processo que leva tempo”, disse a analista do IBGE responsável pela pesquisa, Alessandra Brito. Rendimentos Do total de pessoas residentes no Brasil em 2019, 131,2 milhões (62,6%) tinham algum tipo de rendimento. O rendimento médio real de todas as fontes, após subir 2,8% em 2018 (para R$ 2.247), manteve-se praticamente inalterado em 2019 (R$ 2.244). O Sudeste registrou o maior valor (R$ 2.645), seguido pelo Sul (R$ 2.499) e pelo Centro-Oeste (R$ 2.498), enquanto os menores valores estavam no Nordeste (R$ 1.510) e no Norte (R$ 1.601). O número de pessoas com rendimento de todos os trabalhos subiu de 43,4% da população (90,1 milhões) em 2018 para 44,1% (92,5 milhões) em 2019. Já a aposentadoria ou pensão era recebida por 14,7% da população no ano passado, mantendo estabilidade em relação a 2018 (14,6%) e subindo 1,6 ponto percentual em relação a 2012 (13,1%). O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos foi de R$ 2.308 no ano passado. O valor manteve-se praticamente estável em relação a 2018, quando ficou em R$ 2.317. O maior valor da série ocorreu em 2014, quando alcançou R$ 2.364. Após queda de 4,1% em 2015 frente a 2014, o rendimento de todos os trabalhos ficou praticamente estável nos anos de 2016 e 2017 e registrou expansão de 2,3% em 2018. Alessandra destaca que três quartos da renda do domicílio vêm da renda do mercado de trabalho. “A gente vem observando que, a partir de 2015, 2016, o mercado de trabalho começou a ter uma mudança de característica, de redução do trabalho com carteira assinada, do aumento da informalidade, de inserções mais precárias e isso reflete no rendimento das famílias”, acentuou. Desigualdade Segundo o IBGE, em 2019, permanecem as grandes discrepâncias entre o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.999), pardas (R$ 1.719) e pretas (R$ 1.673). Também continuam as diferenças de gênero: o rendimento de todos os trabalhos dos homens (R$ 2.555) é 28,7% mais alto que o das mulheres (R$ 1.985). A analista do IBGE destacou que a desigualdade entre homens, mulheres, pessoas brancas, pardas e negras é um fenômeno estrutural do país. “O mercado de trabalho ainda precifica de forma diferente de acordo com as características das pessoas”, afirmou. De acordo com a pesquisa, o rendimento médio dos trabalhadores com ensino superior completo (R$ 5.108) era, aproximadamente, três vezes maior que o daqueles com somente o ensino médio completo (R$ 1.788) e cerca de seis vezes o daqueles sem instrução (R$ 918). “Em 2019, o rendimento de todos os trabalhos compunha 72,5% do rendimento médio mensal real domiciliar per capita. Os 27,5% provenientes de outras fontes se dividiam em rendimentos de aposentadoria ou pensão (20,5%) em sua maioria, mas também em aluguel e arrendamento (2,5%), pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (1,1%) e outros rendimentos (3,4%)”, informou o IBGE. O percentual de domicílios atendidos pelo Bolsa Família caiu de 13,7% em 2018 para 13,5% em 2019. Em 2012, 15,9% dos domicílios do país recebiam o Bolsa Família. Já o Benefício de Prestação Continuada (BPC) era recebido em 3,7% dos domicílios do país em 2019, percentual praticamente igual ao de 2018 (3,6%) e 1,1 ponto percentual acima do de 2012 (2,6%). Por Kleber Sampaio

  • Japão quer aprovar antiviral para o tratamento da Covid-19

    O ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, Kato Katsunobu, deve aprovar na quinta-feira (7), o antiviral remdesivir para o tratamento do coronavírus. Ele disse que pretende autorizar o medicamento, caso um painel consultivo o aprove. O remdesivir foi desenvolvido pela Gilead Sciences, com sede nos Estados Unidos, para o tratamento de pacientes com ebola. O governo japonês, por sua vez, deu início a procedimentos para acelerar a aprovação do antiviral como um possível tratamento para pacientes de coronavírus, após o lado americano ter aprovado seu uso emergencial na última sexta-feira. O ministro da Saúde afirmou que a empresa farmacêutica ainda não informou a respeito da quantidade de remdesivir que pode ser fornecida ao Japão. Ele disse que quer assegurar a maior quantidade possível do medicamento e disponibilizá-lo o quanto antes.

  • Governo vai desburocratizar o acesso ao crédito rural

    O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma série de medidas para diminuir a burocratização na concessão de financiamentos aos produtores rurais. As ações são em caráter emergencial, em função da crise do Covid-19, em decorrência da necessidade de manter o distanciamento social. A resolução no 4.810 foi publicada nesta terça-feira (5), no Diário Oficial da União. Além das medidas relacionadas à concessão do crédito, foi prorrogada para 31 de julho a apresentação de comprovantes de compra de insumos, pagamento de mão de obra ou aquisição de máquinas. No caso do crédito para bovinocultura, a resolução permite a liberação do crédito para posterior apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA) e a ficha sanitária para até o dia 31 de julho. E permite ainda renovação simplificada de custeios agrícolas e pecuários. O diretor de Financiamento e Informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, explica que a adoção das medidas contribuirá para manter o fluxo de liberação de financiamentos, sobretudo de operações de custeio, a exemplo de financiamentos para aquisição de insumos. “Com os recursos do financiamento no momento oportuno, o produtor poderá comprar seus insumos a preços relativamente mais baratos”, diz. Segundo ele, a medida permite a possibilidade de renovação simplificada de financiamentos de custeio até 30 de junho e evitará a necessidade de deslocamentos frequentes para acessar novos financiamentos, diminuindo, consequentemente, a possibilidade de contaminação pelo Novo Coronavírus, dando tranquilidade suficiente para o agricultor desenvolver sua atividade produtiva.

  • PF desarticula associação criminosa em Ji-Paraná

    A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (05) a Operação O Mecanismo, tendo como objeto a desarticulação de associação criminosa composta por políticos, ex-políticos e empresários que visavam apropriar-se indevidamente de bens pertencentes ao município de Ji-Paraná. Cerca de 62 policiais federais deram cumprimento a 19 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, todos no município de Ji-Paraná. Após investigações preliminares, constatou-se que integrantes do Poder Executivo, auxiliados por membros do Legislativo desta cidade, elaboraram e aprovaram projeto de lei autorizando a permuta de terrenos públicos por uma área pertencente a particulares. Conforme apurado, o procedimento de permuta foi eivado de diversas ilegalidades, superfaturamento e não possui qualquer finalidade pública, visando exclusivamente beneficiar particulares e os próprios políticos envolvidos. Os envolvidos na ação delituosa serão indiciados, na medida de sua participação, pelos crimes de peculato (art. 312 do Código Penal), falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), crime de responsabilidade (art. 1°, Incisos I e X do Decreto Lei 201/1967) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal). A denominação escolhida para a operação faz alusão ao método sistemático de corrupção sinérgica, envolvendo agentes públicos e particulares, que se utilizam da máquina pública para atender os seus próprios interesses em detrimento do interesse público.

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