Variedade de mandioca desenvolvida pela Embrapa Rondônia fica cozida em 10 minutos
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Variedade de mandioca desenvolvida pela Embrapa Rondônia fica cozida em 10 minutos

Produtores se animam com a nova variedade por conta da praticidade e aproveitamento de espaço.
 

Revista Imagem - Vilhena-RO | 10/08/2021 - 08:29


Já imaginou cozinhar uma mandioca em 10 minutos? Através da tecnologia, décadas de estudo e parceria com produtores, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empresa) tornou isso possível em Rondônia.


Gilvan De Oliveira trabalhou por mais de 20 anos na Embrapa e atualmente é produtor, principalmente da nova mandioca desenvolvida pela empresa. Segundo ele, a variedade da raiz é um sucesso para os compradores, por sua praticidade e sabor.


“Eu vendo pouco, mas esse pouco que eu vendo o pessoal gosta muito. Tem gente que pede 1kg e na próxima pede cinco. O pessoal fica louco por ela”, apontou.


De acordo com o produtor, além de ficar pronta em cerca de 10 minutos, a nova variedade possui outra característica diferencial: cozinha bem o ano inteiro, enquanto outras são prejudicadas quando começa a época das chuvas.


“Em outubro, novembro e dezembro elas ficam praticamente imprestáveis para o consumo porque não cozinha. Por que? Porque elas recebem uma carga de água muito alta e perdem o cozimento. E essa variedade ela cozinha nos doze meses do ano”.


Plantação


Sirlei Nobre participa de uma associação de produtores e está animado com a possibilidade de cultivar a nova variedade que é vantajosa para quem tem uma pequena área de plantio. O principal motivo é o aproveitamento de espaço.


“Com certeza ela é de uma qualidade muito melhor e mais rápida e com aproveitamento do espaço. Nós temos pouco espaço de pequenas propriedades e essa mandioca vai produzir muito mais dentro de um hectare”.


Aumentar a área de plantio da nova variedade é um processo lento, feito com as ramas da própria planta, que dão origem às novas mudas. Porém, nem toda rama é garantia de uma planta de qualidade.


O engenheiro agrônomo da Embrapa, Davi Oliveira, explica que um dos pontos cruciais na reprodução é a escolha das ramas. É necessário que ela esteja mais centralizada, não pode ser muito velha nem muito nova.


“A gente escolhe o fragmento que tem em torno de 10 a 12 gemas. O que são essas gemas? São os nozinhos. Então se eu pegar 20 cm aproximadamente eu terei essa totalidade”.


Mas quantas mudas podem ser aproveitadas de um pé de mandioca?


“Essa planta a gente teria em torno de 12 fragmentos, potencialmente 12 mudas. Mas se eu for escolher com critério, tirando esses mais velhos, mais novos, a gente vai ter aí, muito bem plantada, em torno de cinco mudas”, explica.

 

Por Revista Imagem |Texto: Tiago Bastchen

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