RELIGIÃO | Onde está teu irmão?
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RELIGIÃO | Onde está teu irmão?

Revista Imagem | 13/11/2020 10:00| Por Frei Pedro R. Santos Jr (OFMCAP)

 

Que estamos vivendo um ano atípico, isto não é novidade. Ao adentrarmos no mês de outubro, evidentemente, temos claro na memória, algumas frases célebres como: “fique em casa”, “use mascaras” devido ao contexto na pandemia (covid-19) que ainda, lamentavelmente faz vítimas por boa parte do planeta.


Devido ser um ano atípico ocasionado pelo Covid-19, a rotina de muitas pessoas mudou; isso envolve todas as dimensões de uma sociedade no que diz respeito às interações sociais, às práticas religiosas e civis e, várias são as consequências desse isolamento. Por questões de saúde coletiva, não há dúvidas que, de certa maneira, tal isolamento se faz necessário.


À luz destas consequências do isolamento social, recordamos por exemplo no contexto bíblico, a pergunta feita por Deus dirigida a Caim: “onde está teu irmão Abel”? (GN 4,9) que reflete na forma de vida como muitas pessoas sofrem e/ou atacava o seu próximo, que é justamente a indiferença para com o outro. Ainda no contexto da pandemia, a presença do meu semelhante tornou-se insuportável; o medo de ser contaminado, faz com que o outro se torne uma ameaça constante, ou seja, alguns vão sendo aniquilados e outros reabrindo a ferida narcísica, aumentando assim as divergências.


Estando nós, no mês de outubro, que por sinal é um mês com datas comemorativas importantes (dia das crianças, dia de Nsa. Sra. Aparecida, dia de São Francisco de Assis, dia dos professores, dia nacional da vacinação, outubro rosa e entre outros), cabe a nós, termos um olhar que vise o outro. Um olhar que atravesse o isolamento social atual, sendo capaz de ver o “Abel” que, mesmo isolado em sua casa, é um sujeito ativo na realidade que o cerca. São Francisco abrasado de amor para com os seus, dava-lhe a atenção e cuidados necessários, para o bem viver de seus contemporâneos. Por fim faz-se necessário esclarecer que, não se trata de negligenciar as normas de saúde, mas sim, de não deixar o isolamento invadir nosso coração, cercando-o com muros e barreiras; de não sermos capazes de transmitir o ódio, a violência... assim como o tal isolamento foi, e é, uma atitude preventiva de saúde, na perspectiva do bem comum, vale uma mesma atitude que vise o desenvolvimento completo dos indivíduos.


“fique em casa”, “use mascaras”, “higienize as mãos” são medidas preventivas. Quanto ao nosso agir, tenhamos nós a sensibilidade de saber mesmo na pandemia, onde está o nosso irmão. Abrasados pelo amor da grande mãe santíssima, amor que não conhece isolamento, antes, pelo contrário, é acolhedor, sigamos firmes e com coragem diante desta realidade atípica.

 


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