Pesquisa mostra que introdução do Pix eleva em 15% PIB per capita
top of page

Pesquisa mostra que introdução do Pix eleva em 15% PIB per capita

O pesquisador Sergey Sarkisyan mostrou que a introdução do Pix aumentou a fatia de depósitos em pequenos bancos em relação aos grandes bancos e ajudou a reduzir os juros bancários
 

Revista Imagem - Vilhena-RO | 11/04/2024 - 15:23


O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Dias Gomes, destacou em evento promovido pela Zetta os resultados de uma pesquisa sobre o efeito do Pix no sistema financeiro do Brasil. No estudo "Sistemas de Pagamento Instantâneo e Competição por Depósitos", o pesquisador Sergey Sarkisyan mostrou que a introdução do Pix aumentou a fatia de depósitos em pequenos bancos em relação aos grandes bancos e ajudou a reduzir os juros bancários.


Gomes ressaltou a parte da pesquisa que mostra que a existência do Pix representa um depósito de "bem-estar" de US$ 380 por trimestre, o que significa um aumento de 15% no Produto Interno Bruto (PIB) per capita do País. "É realmente fascinante. Esse montante aumenta o PIB per capita do Brasil em 15%", destacou. "Eu realmente espero que os políticos ouçam isso quando vão decidir o orçamento do BC. É realmente um número fantástico", disse, em tom de brincadeira, afirmando que o estudo demonstra o efeito causal entre o Pix e o aumento da competição bancária.


Segundo o diretor do BC, o Pix foi uma importante marca para o aumento da competição no sistema financeiro do Brasil, ao permitir a digitalização dos pagamentos entre consumidores e reduzir a importância do dinheiro em papel. "Agora, os consumidores têm a clara possibilidade de escolher para além dos grandes bancos."


Fatores que ajudaram a impulsionar uso do Pix


Dias Gomes afirmou que uma variedade de fatores ajudou a impulsionar o uso do Pix, que continua em ascensão. Entre os fatores, Gomes citou a padronização, a obrigatoriedade de participação dos maiores bancos, a gratuidade, a variedade de usos, além do momento de lançamento, na pandemia de covid-19.


No caso da padronização, Gomes disse que as instituições tiveram que oferecer Pix de forma semelhante para que os consumidores entendessem que era o mesmo produto. "A padronização ajuda a commoditizar os sistemas de pagamentos mais rápidos", disse Gomes em evento promovido pela Zetta.


Em relação aos casos de uso, ele citou a possibilidade de utilização por chave, QR Code, "Copia e Cola" ou mesmo na própria loja. "Variedade de usos fez com que o Pix se tornasse uma escolha natural", avaliou o diretor.


Na perspectiva regulatória, foi importante para evitar questões de competição entre as instituições financeiras que fosse obrigatória a participação de instituições com mais de 100 mil contas, segundo Gomes. Ao mesmo tempo, a possibilidade de instituições financeiras pequenas participarem foi um fundamento para que o Pix estivesse em todos os lugares.


Além disso, a gratuidade para indivíduos foi um valor importante. "Tão barato quanto dinheiro, mas muito melhor. Por fim, o Pix chegou em um momento oportuno e ajudou o brasileiro na época da pandemia de covid-19", disse, sobre o lançamento em novembro de 2020.


O economista-chefe para as Américas no Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Jon Frost, reforçou que a obrigatoriedade de participação e a presença de instituições não bancárias são fatores que explicam a rápida adoção do Pix em relação a sistemas de pagamentos instantâneos de outros países.


O Fednow, sistema criado pelo Federal Rerserve, o BC dos EUA, por exemplo só é permitido para bancos e não é obrigatório. Frost também citou a operação do sistema pelo BC brasileiro e o sucesso do "branding" da ferramenta local.

 

Por Revista Imagem | Fonte: Noticias Ao Minuto

AnuncieAqui_edited.jpg
Expressa.jpg
AnuncieAqui_edited.jpg
Informe erro na matéria ou
envie sua sugestão de notícia

Mensagem enviada com sucesso! Entraremos em contato se for o caso.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS
bottom of page