Taxa de transmissão é a menor desde o final de abril, mas agência da OMS alerta que não é hora de relaxar nas medidas.
Revista Imagem - Publicado em 02/09/2020 19:28
O Brasil registrou 46.934 casos confirmados de covid-19 e 1.184 mortes ligadas à doença nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (02).
Com o novo balanço, o número acumulado de infecções no país se aproxima de 4 milhões, chegando a um total de 3.997.865. Já os óbitos somam 123.780. Ao todo, 3.210.405 pessoas se recuperaram da doença, segundo o ministério. O Conass não divulga número de recuperados.
Diversas autoridades e instituições de saúde alertam que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
O ritmo de transmissão da covid-19, por sua vez, está em desaceleração. Segundo o Imperial College de Londres, a taxa de contágio no país é atualmente de 0,94, a mais baixa desde o final de abril. O índice, que mostra para quantas pessoas um paciente contaminado transmite o vírus, era 1 na semana passada, e 0,98 na semana anterior.
Contudo, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou nesta quarta-feira que, mesmo com os sinais de desaceleração no Brasil, não é hora de relaxar nas medidas de saúde.
"Por mais que os casos estejam diminuindo, o Brasil não está fora do problema. A pandemia continua. O Brasil é grande e, mesmo que tenha aumentado a testagem, as medidas precisam continuar", disse Marcos Espinal, diretor de doenças transmissíveis da Opas, que é o braço americano da Organização Mundial da Saúde (OMS).
São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 826.331 casos e 30.673 mortes. O total de infectados no território paulista supera os registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos (6 milhões), Índia (3,7 milhões) e Rússia (1 milhão).
A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 262.299, seguida do Rio de Janeiro, com 228.332 infecções, e de Minas Gerais, com 222.048. O Ceará vem em quinto na lista, com 218.396 ocorrências positivas.
Em número de mortos, o Rio é o segundo estado com mais vítimas, somando 16.315 óbitos. Em seguida vêm Ceará (8.480), Pernambuco (7.656), Pará (6.201), Minas Gerais (5.505) e Bahia (5.502).
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 58,9 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (20,05) e o Uruguai (1,28). O número brasileiro também supera o dos Estados Unidos, o país mais atingido do mundo, que tem taxa de mortalidade de 56,44.
Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (62,55) e a Bélgica (86,65), ainda aparecem à frente. Mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 6,09 milhões de casos. Ao todo, mais de 185 mil pessoas morreram pela covid-19 no país.
A Índia, que chegou a impor uma das maiores quarentenas do mundo no início da pandemia e depois flexibilizou as restrições, agora é a terceira nação com mais infectados e mortos, ao somar 3,76 milhões de casos e 66,3 mil óbitos.
Ao todo, o mundo já registrou mais de 25,8 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus, enquanto mais de 859 mil morreram em decorrência da doença.
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