37 indígenas morreram no estado por conta da doença. Entre indígenas na Amazônia Brasileira, foram confirmados 34.135 casos e 770 mortes.
Revista Imagem - Vilhena-RO | 08/02/2021 - 08:48

Dados da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) divulgados no sábado (6), apontam que o número de indígenas com Covid-19 em Rondônia chegou a 2.114. Ainda há outros 100 casos suspeitos.
Segundo boletim atualizado no dia 4 de fevereiro, 37 indígenas de 13 povos diferentes morreram vítimas da doença no estado.
O levantamento é feito baseado em informações de lideranças indígenas, notas de falecimento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), organizações que fazem parte da rede da entidade e profissionais de saúde.
Entre indígenas na Amazônia Legal Brasileira, foram confirmados 34.135 casos e 770 mortes desde o início da pandemia.
Casos de Covid-19 na Amazônia Brasileira
Estados Casos Mortes
Acre 2.445 29
Amazonas 8.532 246
Amapá 1.633 20
Maranhão 2.006 69
Mato Grosso 4.481 150
Pará 6.372 101
Rondônia 2.114 37
Roraima 5.351 101
Tocantins 1.201 17
População vacinada
Em Rondônia 25.186 pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19, sendo 2.971 indígenas, 19.125 profissionais de saúde e 3.090 idosos institucionalizados de acordo com boletim divulgado pelas Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no sábado (6).
A vacina chegou ao povo indígena Karipuna, em Rondônia, que vive grave risco de extinção. O grupo recebeu a equipe de vacinação da Secretaria de Saúde Indígena no último dia 29 de janeiro. O cacique André Karipuna agradeceu a Deus e à Ciência pela chegada do imunizante.
Cercados por madeireiros nos limites de sua terra e invasões e desmatamento dentro dela, a fragilidade do grupo já gerou denúncias na ONU em 2018. São apenas 58 indígenas reunidos em uma única aldeia (menos de 30 deles são Karipuna, uma vez que há indígenas de outros grupos casados com Karipunas que moram na mesma aldeia).
Em 2004, eles eram apenas 14, sobreviventes de uma desastrosa história de contatos, que começou com o Ciclo da Borracha, a partir de 1910, e a construção da estrada ferro Madeira-Mamoré.
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