Menos de 10% da população recebeu a primeira dose. Em três meses de vacinação, cerca de 229 mil doses foram aplicadas.
Revista Imagem - Vilhena-RO | 27/04/2021 - 08:34
Rondônia começa a semana na lista dos estados com menor índice de vacinação contra a Covid-19. Conforme o levantamento do consórcio de veículos de imprensa, apenas 9,64% da população havia recebido pelo menos uma dose da vacina até domingo (25). O menor percentual foi registrado no Amapá, 9,54%.
A média de população com primeira dose recebida no Brasil é de 13,68%. O estado que mais vacinou foi Rio Grande do Sul com 18,13%.
Quando analisados os dados de segunda dose, Rondônia também fica entre os piores estados: com apenas 3,16% da população com imunização completa. A média brasileira de população vacinada com a segunda dose é de 5,9%.
Desde 19 de janeiro, o estado já recebeu 357.808 doses de vacinas. Destas, 173.155 foram usadas em primeiras doses e 56.791 nas segundas para reforço.
Os municípios com maior aplicação dos insumos para primeira dose são:
Alvorada do Oeste (111%), Urupá (107%), Teixeirópolis (98,5%) e Nova União (98,2%).
Já Theobroma teve o menor índice, 52,5% de aplicação do material enviado. A prefeitura de Theobroma informou que está com profissionais da imunização afastados por terem contraído o vírus, que as aplicações estão ocorrendo, mas que faltam os lançamentos no sistema de registro. A situação deve ser regularizada nos próximos dias.
"Desprivilégio"
O Secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo, afirmou que Rondônia é o que menos recebeu doses de vacinas contra a Covid-19 na região Norte, analisando os dados proporcionalmente.
A informação foi dita por ele durante participação virtual em uma audiência da comissão Covid-19 do Senado Federal, na última semana.
"O Ministério da Saúde criou um grupo populacional prioritário para receber as vacinas e infelizmente recebemos 65% só até agora desse grupo. Levando em consideração que Rondônia foi, depois do Amazonas, o estado mais atingido com essa segunda onda da pandemia", declarou.
Ele lembrou dos quase três meses que as UTIs tiveram ocupação total e dos questionamentos feitos ao Ministérios da Saúde.
"Rondônia tem sido desprivilegiada tanto pela pandemia no número de casos, cepas novas, quanto pelo Ministério da Saúde na questão do percentual de doses enviadas".
O Ministério da Saúde apontou limitações orçamentárias, mas afirmou que o governo federal não deixou os estados e municípios desassistidos.
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