Operação da PF mira compra de kits rápidos pela Sesau em Rondônia
- REVISTA IMAGEM
- 30 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Foram apurados indícios de irregularidades na dispensa de licitação para compra dos testes, que não possuíam registro na Anvisa
Revista Imagem - Publicado em 30/07/2020 08:07

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), a Operação Polígrafo, visando desarticular esquemas de fraudes na aquisição emergencial de testes rápidos para diagnóstico da Covid19, por parte da Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia (SESAU). A ação decorre de trabalho conjunto entre a Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Ministério Público de Rondônia, que resulta no cumprimento de 13 (treze) mandados de busca e apreensão, todos eles autorizados pelo Poder Judiciário do Estado de Rondônia.
Os mandados estão sendo cumpridos em Porto Velho, Itajaí/SC, Balneário Camboriú/SC e Rio de Janeiro/RJ. O valor total da contratação investigada chega a R$ 10.500.000,00 (dez milhões e quinhentos mil reais). Durante as investigações, foram apurados indícios de irregularidades na dispensa de licitação para compra dos testes, que não possuíam registro na Anvisa, e superfaturamento no valor de cada unidade adquirida, comparado ao preço ofertado em chamamento público realizado pela Superintendência Estadual de Licitações (SUPEL). Com base na análise dos processos licitatórios, a CGU constatou ainda indícios de favorecimento à determinada empresa em detrimento daquelas com propostas mais vantajosas, bem como o pagamento adiantado de cerca de R$ 3 milhões , sem apresentação de garantias suficientes para cobrir os riscos relacionados à entrega dos produtos. Esse montante foi bloqueado judicialmente na esfera cível, a pedido do Ministério Público, até a conclusão das investigações. Essa empresa, suspeita foi alvo da “Operação Dispneia”, deflagrada pela Polícia Federal em 25 de abril, com objetivo de apurar irregularidades na venda de respiradores pulmonares à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza/CE. Os investigados serão ouvidos na sede da Polícia Federal e responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de fraude à licitação, corrupção, peculato, falsidade ideológica e associação criminosa, dentre outros ilícitos a serem apurados. O nome da operação “Polígrafo” refere-se ao aparelho eletrônico conhecido popularmente como detector de mentiras, como menção às fraudes e direcionamentos das licitações.
Por PFRO


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