Brasil é o 2º país em número de casos de covid-19, mas o 51º em incidência da doença, quando na comparação proporcional à população.
Revista Imagem |26/05/2020 - 19:08 |Da Redação
Em entrevista no Palácio do Planalto, o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, disse que o Brasil é o 2º país em número de casos de covid-19, mas o 51º em incidência da doença, quando a quantidade de pessoas infectadas é analisada proporcionalmente à população. Enquanto o país ocupa a 6ª posição em número absoluto de mortes, fica em 14º em mortalidade, quando esses óbitos são comparados com o total da população. Macário afirmou que os números mostram o Brasil em uma curva ascendente, tanto no número de casos quanto no de mortes. Já outros países com grande número de casos e mortes já estão em uma trajetória ou de estabilização ou descendente.
Na avaliação por região, o Norte apresenta essa dinâmica ascendente. O estado com maior número de pessoas infectadas, o Amazonas, já apresenta uma inflexão, com redução do número de mortes por semana. Mas o secretário substituto ponderou que ainda é cedo para falar que já está se passando o pico da pandemia no Amazonas.
O representante do Ministério da Saúde apontou uma tendência de interiorização da pandemia. No dia 27 de março, 5,3% dos municípios tinham casos confirmados. No dia 25 de abril, o índice subiu para 30,9%, e em 25 de maio, para 67,7%. No total, 3.771 cidades registraram pessoas infectadas. No recorte por região, o maior percentual de cidades com casos confirmados é o Norte, com 83,8%. Em seguida vêm Nordeste (79,9%), Sudeste (63,4%), Sul (56%) e Centro-Oeste (50,3%).
Testes O Ministério da Saúde adquiriu 13,9 milhões de testes de laboratório (PCR). Mas, segundo informou a pasta, deste total, 4,77 milhões foram entregues até o momento, sendo que 3,12 milhões já foram distribuídos aos laboratórios nos estados. Até agora, foram realizados 460,1 mil testes, ou seja, menos de 10% do total comprado pelo ministério.
Em laboratórios privados, já foram processados 411,7 mil exames. Quando reunidos, os laboratórios públicos e privados, o total fica em 871,8 mil. Já os testes rápidos tiveram 6,66 milhões de kits distribuídos.
Eduardo Macário afirmou que a diferença entre a contratação e o recebimento de testes se deve à dificuldade operacional de aquisição.
“A gente não compra 14 milhões de teste deste nível na esquina. Temos que programar aquisição. A maioria destes exames é importada. Além do processo de produção tem a vinda e estamos passando por um problema de transporte aéreo. Mas todos os cronogramas entregues estão sendo cumpridos”, disse. De acordo com boletim do Ministério da Saúde, divulgado ontem (25), covid-19 infectou 374.898 brasileiros. Desse total, 153.833 estão recuperados. A doença provocou 23.473 óbitos. Novo Epicentro A América Latina é considerada o novo epicentro da pandemia de covid-19 e a projeção é de que o Brasil pode chegar a 88,3 mil óbitos em agosto deste ano. A conclusão é da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e foi divulgada hoje (26) em entrevista coletiva semanal sobre o novo coronavírus, realizada de forma virtual. A organização chamou a atenção para a associação da covid-19 com outras doenças não transmissíveis, como câncer, diabetes, hipertensão e obesidade.
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