Com mais de 100 processos na Justiça "Rei do gado” de Rondônia mira o Acre
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Com mais de 100 processos na Justiça "Rei do gado” de Rondônia mira o Acre

Além de ações por desmate ilegal, trabalho escravo e sonegação fiscal, Roberto Caldas acumula dívidas milionárias em multas e impostos

 

Revista Imagem - 16/07/2020 09:27


RIO BRANCO - O pecuaristas Roberto Demário Caldas, considerado o “rei do gado” de Rondônia, quer expandir seu reinado para o Acre. Segundo informações, ele se prepara para abrir frigoríficos no estado e aumentar seus negócios pela região, negócios esses que já lhe renderam dezenas de ações judiciais. Com uma rápida pesquisa no Jusbrasil é possível identificar mais de 100 processos envolvendo o nome dele, a maioria na comarca de Rondônia e algumas em São Paulo. Entre as ações movidas contra um dos pecuaristas mais ricos de Rondônia estão a de supostos crimes de ordem tributária, trabalho escravo, desmatamento ilegal de área protegida e negligência.

Roberto é sócio do Frigorífico Porto Ltda, que há um ano aparecia no topo da lista de empresas do ramo que tinham dívidas milionárias com a União. O valor devido era de R$ 2,6 bilhões. A companhia foi alvo de inquérito do Ministério Público Federal (MPF) para apurar supostos tributários cometidos pelos administradores.

O processo chegou a ser arquivado, mas foi reaberto em 2014 quando Caldas e o filho Mário tiveram a sociedade com o Frigorífico Porto identificada. Até então, eles não apareciam na lista de proprietários.

Caldas também era dono de outros dois abatedouros em Rondônia, os frigoríficos Novo Estado e Santa Elvira. Os dois empreendimentos acumulavam, juntos, dívidas de R$ 8,4 milhões.

Roberto e Mário já eram investigados por fraude após fechamento de empresa dois meses após financiamento milionário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Três anos atrás, a Justiça penhorou quase três mil cabeças de gado do Caldas pai.

Trabalho escravo

Também pesava sobre Roberto Caldas acusações de envolvimento com mão de obra escrava em suas propriedades. Entre 2004 e 2010, várias operações do Ministério do Trabalho e Emprego resgataram mais de 300 trabalhadores. Só na Fazenda Mequéns, em Pimenteiras do Oeste (RO), 219 pessoas foram libertadas de regimes de trabalho análogos à escravidão.

Essa mesma propriedade foi autuada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após acusação de desmatamento de quase 6 mil hectares na zona de amortecimento do Parque Estadual de Corumbiara.

 

Por Revista Imagem - Fonte: Contilnetnoticias - Foto: Arquivo


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