SOCIEDADE SE UNE PARA CONSTRUIR HOSPITAL EM VILHENA
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SOCIEDADE SE UNE PARA CONSTRUIR HOSPITAL EM VILHENA


Reportagem publicda na edição Impressa nº 146, maio/2018


Por José Antonio Sant'Ana

Não é de hoje que o setor de saúde em Vilhena tem suscitado críticas e reclamações. As principais giram em torno do serviço público de saúde, em especial do Hospital Regional, que não tem conseguido suprir a demanda da população a contento. Porém, não é só a saúde pública que está definhando em Vilhena. A cidade que há duas décadas, além do HR, possuía 3 hospitais particulares agora conta com apenas 1. O detalhe é que nesses 20 anos, Vilhena praticamente dobrou sua população. Passou de cerca de 50 mil habitantes para quase 100 mil. Vilhena anda na contramão de cidades como Cacoal, por exemplo, possui 7 hospitais em funcionamento para uma população semelhante.

É por tudo isso e um pouco mais que a população decidiu



parar de reclamar e começou a se mover no sentindo de mudar a realidade do setor de saúde de Vilhena. Aliás, parte da população. Pra ser mais exato, os cooperados da Sicoob Credisul. Na pré-assembleia que a cooperativa de crédito realizou em Vilhena no dia 27/4, os cooperados decidiram por unanimidade apoiar como ação social da cooperativa, a construção de um hospital em Vilhena. De imediato abriram mão de 10% do lucro que seria distribuído a eles para doar ao projeto de construção.

E não foram apenas os cooperados de Vilhena que agiram assim. Associados de Cabixi, Cerejeiras, Colorado do Oeste, Corumbiara e Pimenteiras em Rondônia e de Campos de Júlio, Comodoro e Sapezal no Mato Grosso fizeram o mesmo. Juntos, os cooperados dessas cidades doaram R$ 1,2 milhão ao projeto.


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De acordo com a diretoria da Sicoob Credisul, o projeto de construção do hospital atende ao 7º princípio do cooperativismo, que é o “interesse pela comunidade”, e será desenvolvido em várias etapas. O primeiro aporte de recursos se dará por meio da doação dos cooperados de Rondônia e Mato Grosso. “O projeto tem um caráter tão nobre que os cooperados de Cuiabá e Várzea Grande, por espontânea vontade, também decidiram doar o valor destinado às ações sociais daquelas cidades para a construção do hospital em Vilhena, mesmo não tendo previsão para utilizá-lo”, ressalta o diretor executivo Vilmar Saúgo.

Além disso, será estabelecido um fundo de contribuição mensal de R$ 30 por cooperado, por aproximadamente dois anos. “É uma contribuição, logo não é obrigatória. Mas já fomos procurados por vários cooperados que manifestaram interesse em contribuir com valores bem maiores, o que é muito louvável. Para se ter ideia, o terreno onde será construído o hospital foi doado por um único cooperado”, disse o presidente da Sicoob Cresidul Ivan Capra, lembrando que o primeiro débito ocorrerá no período de 1º a 5 de junho de 2018.

Para dar suporte ao projeto será criada uma associação integrada por membros do conselho administrativo e fiscal da Sicoob Credisul. Também será formada uma comissão de construção, para promover ações de arrecadação e fiscalizar a aplicação dos recursos e andamento da obra. Além do R$ 1,2 milhão já doados pelos cooperados da Sicoob Credisul, o projeto já conta com uma área para a construção do hospital, doada pelo empresário João Carlos de Freitas.

Gestão do Hospital

Mas e depois de pronto, como vai funcionar o hospital? Quem vai administrá-lo? “Precisamos esclarecer que não estamos construindo um hospital para os cooperados da Sicoob Credisul, tão pouco vamos construir um hospital público. Nossa intenção é construir um prédio hospitalar e entregá-lo a uma empresa especializada em saúde para administrá-lo”, explica Saúgo. A princípio, a ideia é que a Unimed Vilhena aceite esta missão, por também ser uma cooperativa, e estar engajada nos mesmos objetivos sociais que a Sicoob Credisul. Porém, a diretoria não descarta a possibilidade de outras empresas assumirem a administração do futuro hospital.

A diretoria da cooperativa adianta que além do

atendimento particular, o hospital trabalhará com diversos planos de saúde e convênios, inclusive o SUS. “Nossa intenção é criarmos uma unidade hospitalar de referência para atender toda a região. Será uma tarefa árdua, mas possível, pois já temos experiência neste tipo de ação”, diz Ivan Capra. O presidente da Sicooob Credisul se referia à construção do Hospital de Amor da Amazônia, de Porto, Velho, na qual a cooperativa vilhenense, junto com outras cooperativas singulares de Rondônia que integram o sistema, doaram mais de R$ 2,5 milhões para sua conclusão.


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